A presidenta
Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira (25) a segunda etapa do programa
Ciência Sem Fronteiras (CSF), com o anúncio de 100 mil novas vagas. Serão
oferecidas bolsas de estudos em 43 diferentes países, para cursos de graduação,
pós-graduação e pesquisadores.
Com o programa, o governo quer estimular o interesse pelas ciências e
pela aplicação da tecnologia para ampliar as condições de desenvolver inovação
tecnológica no País. “Nós estamos abrindo nossas fronteiras. Nós estamos
abrindo horizonte de nossos jovens”, disse Dilma.
Segundo a presidenta, as bolsas do CSF têm uma função essencial para os
estudantes. Elas oferecem contato com os processos de educação e
desenvolvimento da ciência mais avançados existentes no mundo. “Os estudantes
voltam para o Brasil com uma nova perspectiva e, também, com uma experiência
muito significativa na relação professor-aluno”, disse.
Até o momento, mais de 83 mil estudantes brasileiros já foram
beneficiados com bolsas de estudos fora do Brasil. Dessas, 91,4 % foram
patrocinadas pelo governo federal e o restante pela iniciativa privada.
“Estamos permitindo que essa diferença entre o brasil e os outros países
do mundo, se estreite pelo conhecimento que os alunos passam a ter”, lembrou em
seu discurso.
A previsão é a meta de 101 mil vagas ofertadas seja atingida até
setembro, em 18 áreas da ciência, engenharia, tecnologia e saúde. Antes da
criação do programa, apenas cinco mil alunos brasileiros se formavam com bolsas
no exterior.
Fomento - Dilma também lançou o Programa Nacional de
Plataformas do Conhecimento, que pretende fomentar o desenvolvimento científico
e tecnológico no Brasil, criando soluções às demandas econômicas e sociais do
País.
Para a presidenta, as plataformas serão usadas, por exemplo, para
facilitar a criação de patentes e publicação de pesquisas e artigos
científicos. Somente entre 2000 e 2012, o número de artigos de pesquisadores
brasileiros quadruplicou.
As plataformas do conhecimento são de iniciativa público-privada e vêm como
um complemento e um avanço da política que estava sendo realizada.
Dilma lembrou a importância do interesse do setor industrial para a
realização de pesquisa de inovação cientifica e tecnológica. “Todas as
plataformas precisam combinar a participação de grupos de excelência em
pesquisa. Se não houver um empreendedor para levar ao mercado uma nova
tecnologia ou um novo processo produtivo, eles só ficarão na ideia”, frisou.
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Marcos Imperial