sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Fátima disse que o "acordão está na boca do povo", e PT só procurou partidos da base de Dilma


Fátima Bezerra falou que a reforma política pode ser a solução para a crise de representação da classe política brasileira. Via o Minuto.

A candidata do PT ao Senado, Fátima Bezerra, disse hoje (1) que o "acordão" do PSB e do PMDB está na boca do povo. "O PT tentou aliança com os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. O que há do outro lado é o ajuntamento de partidos com várias candidaturas à Presidência da República. A chapa de lá tem candidato para tudo quanto é gosto. Nós não mudamos de lado. Nosso palanque é 100% Dilma. O 'acordão' está na boca do povo, não sou eu quem diz", declarou a petista em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM.

Fátima deu a declaração em resposta a Wilma de Faria (PSB), sua principal concorrente na disputa pelo Senado, que havia dito que "os adversários não podem dizer nada (da aliança do PSB com o PMDB), porque eles queriam a mesma coisa".

A candidata do PT falou que a reforma política pode ser a solução para a crise de representação da classe política brasileira. "A representação política no Brasil tem piorado tanto do ponto de vista da qualidade intelectual como também do fisiologismo, do patrimonialismo. A reforma é essencial para oxigenar o quadro eleitoral atual", disse. 

Fátima defende um plebiscito para convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para tratar da proposta. Ela considerou essenciais o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais e a incorporação de mecanismos de participação popular.


A candidata disse que o PT não teme os questionamentos éticos por conta de escândalos como o de mensalão. "Esse assunto já está concluído. A investigação foi realizada, a sentença já foi proferida, já temos o cumprimento de sentença, e nós esperamos que isso tudo contribua para que o país possa realizar uma reforma política ampla e profunda", falou.

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Fátima Bezerra disse que vai priorizar o debate sobre a aplicação do PNE (Plano Nacional de Educação), já sancionado pela presidente Dilma Rousseff. "O PNE não vai virar uma bela carta de intenções. Será um instrumento valioso para promover o desenvolvimento do país", disse.

Ela defendeu a 'federalização' do piso nacional dos professores. "Estados e municípios não podem arcar sozinhos com os salários dos professos. Este assunto já está em discussão no âmbito do governo federal. Esta será uma das minhas principais bandeiras no Senado", declarou.

Antes da discussão do novo pacto federativo, a candidata do PT falou que é necessária a aprovação de uma reforma tributária. "Não adianta falar em pacto federativo sem a reforma tributária. Precisamos rever a quantidade de impostos cobrados neste país, principalmente nos estados com as diferentes alíquotas de ICMS", criticou.


Quando o assunto é economia - inflação beirando os 7%, juros de 11% ao ano, PIB de menos 1% e tarifaço depois das eleições -, a candidata do PT se mostra otimista: "Vamos ganhar qualquer comparação com os indicadores dos governos anteriores ao do PT. Na era tucana, a inflação era muito maior. Estamos no centro da meta de inflação hoje, que é de 6,5%, e as taxas de desemprego são as menores da história. A presidente Dilma Rousseff tem tratado deste assunto com bastante seriedade", comentou.

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Marcos Imperial

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