"Ao contrário das ideias do Deputado, que são
potencialmente letais, jogar purpurina é um ato simbólico, mostrando para
Bolsonaro que o projeto de vida da juventude é maior que o seu conservadorismo.
Que a luta por sobrevivência das pessoas trans, num país campeão em
assassinatos de LGBT’s, pode superar todas as formas de violência. Mostramos
com muito brilho que a juventude não será expectadora do recrudescimento do
fascismo e do autoritarismo em nosso país", artigo de Laryssa Sampaio, coordenadora
do Levante Popular da Juventude.
Por Laryssa Sampaio
Vivemos num momento em que o ódio e o conservadorismo estão
atacando as conquistas do povo brasileiro que procura consolidar a frágil
experiência democrática dos últimos 30 anos. As expressões dessa onda
reacionária podem ser representadas tanto na figura de Eduardo Cunha, como na
de Jair Bolsonaro, deputado federal pelo RJ.
Jair Bolsonaro possui uma trajetória na vida pública e privada
digna de asco por qualquer pessoa que defende valores humanitários e
democráticos. Militar da reserva, Bolsonaro ingressou teve seu primeiro mandato
para deputado federal em 1990, estando atualmente no seu sétimo mandato. Suas
posições são implacáveis no que diz respeito ao combate à democracia e aos direitos
humanos. É, destacadamente, um defensor do retorno à ditadura militar e
contrário aos direitos da juventude, das mulheres, das/os LGBT’s e dos/as
negros/as.
Bolsonaro reivindica pra si o título de defensor da família, da
moral e dos bons costumes. Contudo, omite que o partido que o elegeu, o PP, tem
a maior bancada de deputados indiciados por corrupção na Lava-Jato. Propostas
esdrúxulas como, por exemplo, controle da natalidade em famílias pobres,
esterilização de moradores de rua, revogação do Estatuto do desarmamento são
entoadas por Bolsonaro como se fossem as respostas necessários aos problemas
enfrentados pelo povo brasileiro. Em toda a sua trajetória no Congresso
Nacional, Bolsonaro teve apenas um projeto de sua autoria aprovado. São 25 anos
legislando ou destilando ódio?
Incentivar agressões contra LGBT’s, agredir moralmente em plenário
da Câmara a deputada Maria do Rosário com a seguinte frase: “Só não te
estupraria porque você não merece”, afirmar que “mulheres devem ganhar salário
menor porque engravidam”, dizer que direitos humanos é coisa de vagabundo e que
por isso cortaria todos os recursos destinados a esta área, fazem parte da
coleção de aberrações proferidas pelo “Deputado”.
Em tempos de avanço do conservadorismo e na semana de luta pela
visibilidade trans o Levante Popular da Juventude optou por fazer o caminho
contrário. Mostrou com muita irreverência que contra o ódio nós temos o brilho
das lutadoras e dos lutadores do povo brasileiro.
Ao contrário das ideias do Deputado, que são potencialmente letais,
jogar purpurina é um ato simbólico, mostrando para Bolsonaro que o projeto de
vida da juventude é maior que o seu conservadorismo. Que a luta por
sobrevivência das pessoas trans, num país campeão em assassinatos de LGBT’s,
pode superar todas as formas de violência. Mostramos com muito brilho que a
juventude não será expectadora do recrudescimento do fascismo e do
autoritarismo em nosso país.
Nós LGBTs, mulheres, negros e negras, jovens das periferias,
estudantes, queremos mudanças e sabemos que as conquistaremos lutando. Assim
como fizemos com Cunha ao atiramos os dólares sobre ele, jogar purpurina em
Bolsonaro é combater o projeto de sociedade antidemocrático e conservador. É mostrar
que com lutas e irreverência transformaremos a realidade brasileira por um
projeto feminista, antirracista, colorido e popular para o Brasil!
Transforme sua opinião: Levante contra a transfobia!
Levante e brilhe contra a transfobia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial