A idade fez-me redescobrir a lentidão, a ausência de pressa para chegar ou terminar alguma coisa o mais rápido possível, a falta de vontade de ser mais isto ou mais aquilo, a desnecessidade de ser o melhor ou aquele que deixa sempre uma marca.
O tempo permitiu-me entender que a pressa de chegar condenou-me muitas vezes a perder-me no caminho ou a chegar onde nunca quis chegar.
A vida fez-me compreender que na verdade estava quase sempre atrasado, atrasado de mim, atrasado de estar e ficar, atrasado de hoje.
Mudei. Disso tenho a certeza.
O que passou a me definir foi o meu inconformismo, a minha capacidade de ousar atingir o imprevisível e esperar o não expectável.
Já faço muito pouco da mesma maneira como costumava fazer. Já quase não utilizo as mesmas palavras e o mesmo tempo nos verbos.
Mudei, não apenas porque quis viver numa definição mais simples da vida, mas também porque quis tornar-me no único dono do meu destino.
Coisas de pele. De sangue. Minhas, apenas.
Cheguei a um ponto da minha vida em que já não quero nem preciso de impressionar ninguém.
Digo o que digo, faço o que faço, sem pensar naquilo que vou provocar nos outros.
Respeito todas as pessoas com as suas ideologias, crenças e tendências, mas não deixo de dizer a minha verdade.
Quanto mais fácil me parece viver, mais facilmente escolho aquilo que quero. Já não hesito um segundo para proclamar a minha liberdade e a minha felicidade.
Sou feliz, unicamente porque deixei de pôr a hipótese de ser infeliz. Sou feliz, porque a opinião dos outros deixou de ser importante para mim.
No meio do tudo e do nada fica a certeza de me conhecer melhor. Para lá disso, fica tudo aquilo que deixei de querer saber.
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Marcos Imperial