quinta-feira, 30 de junho de 2016

Não é hora de fugir da luta. A confissão de Rose de Freitas de que as pedaladas fiscais não passaram de um pretexto para afastar Dilma Rousseff e empossar o governo provisório de seu patrão Michel Temer

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Por Paulo Nogueira do 247.

A confissão de Rose de Freitas de que as pedaladas fiscais não passaram de um pretexto para afastar Dilma Rousseff e empossar o governo provisório de seu patrão Michel Temer ajudou a reforçar a certeza de que o país está diante de um golpe parlamentar e comoveu vozes que até agora nada enxergavam de errado. "Há golpe", reagiu o colunista Elio Gaspari.

     Até agora, contudo, não há sinais de que uma notícia dessa importância tenha sido capaz de alterar o placar de votos do Senado que, lá pelo meio de agosto, irá resolver o destino de Dilma e, no mesma votação, definir a solidez das instituições democráticas erguidas pela Constituição de 1988. Essa conjuntura particular obriga reconhecer que o risco de a democracia brasileira --   que serviu a mais de 100 milhões de eleitores em outubro de 2014 --  ser conduzida como uma boiada para o matadouro, é muito maior do que se gostaria de imaginar.

    O estudo técnico da denúncia que pode tirar Dilma de seu cargo mostra, na verdade, um dado ainda mais preocupante. Mesmo que Rose de Freitas tivesse ficado de boca fechada, e jamais tivesse dito em voz alta aquilo que seus pares reconhecem em voz baixa, bastaria um exame cuidadoso da acusação encaminhada ao Senado para se reconhecer o absurdo essencial. Não há a denuncia de uma fraude. Mas uma fraude transformada em denúncia, como você pode verificar mais adiante, através do gráfico publicado nesta reportagem, baseado em números oficiais do Tesouro.

     Quem denuncia crimes de natureza fiscal e pretende, com eles, conseguir a proeza de arrancar uma presidente eleita de seu cargo, atalho jamais experimentado em regimes democráticos que merecem ser imitados, deveria reconhecer que neste caso é preciso  cumprir a obrigação de oferecer números sólidos, indesmentíveis, para servir como prova -- devidamente acompanhados de indícios contra a presidente. Para motivar um debate sério, os dados precisariam, no mínimo, ter a clareza das contas suíças de Eduardo Cunha. Ou a força indesmentível das palavras gravadas de Romero Jucá e outros aliados de Michel Temer. Quem sabe o peso dos 470 quilos de cocaína do helicóptero do senador amigo de Aécio, cujo filho acaba de assumir uma secretaria no ministério de Esportes. Não é nada disso, como será possível demonstrar aqui. 

   Conforme se pode ler na nota técnica número 109/2016, preparada pela Consultoria de Orçamento, Fiscalização e Controle do Senado, uma análise dos gastos discricionários de 2015, base para o pedido de impeachment,  mostra uma situação fácil de entender. A visão vulgar sobre o governo Dilma em 2015 diz que ele promoveu  promoveu gastos descontrolados em 2015, que produziam déficit, geravam inflação e prejudicavam a economia em nome de um projeto bolivariano de poder. Os números reais  mostram outra realidade. Reduzem a "gastança" a uma mitologia vergonhosa e politicamente interesseira. Confirmam que, em vez de gastar cada vez mais, como programa de estímulos, que talvez fosse o melhor caminho para a retomada do crescimento, na visão de vários economistas de pensamento keynesiano, o Planalto de Dilma passou 2015 tomando medidas em série para gastar cada vez menos. Isso aconteceu porque, entre 2014, quando se fez a elaboração do orçamento, e  2015, quando a teoria saiu do papel para entrar na vida prática, o mundo havia ficado de ponta cabeça. Em vez de projeções que previam um crescimento de até 2%, visão partilhada inclusive pelo levantamento Focus do Banco Central, o país mergulhou no segundo ano consecutivo de recessão, porta de entrada para a pior crise econômica em décadas.

 A denuncia envolve um orçamento elaborado num momento em que era possível enxergar as planilhas de um país em direção ao crescimento -- mas realizado quando o mesmo governo executava um ajuste para baixo. Um observador honesto poderia apontar para uma falha clamorosa na bússola econômica da equipe de Dilma. Mas jamais teria o direito de apontar desvios de caráter criminoso, muito menos irresponsável do ponto de vista fiscal. O discurso pode ser útil para o palanque de quem quer aprovar um impeachment de qualquer maneira, especialmente com falsidades e demagogia. Mas é falso, incoerente, após um exame de lógica elementar. Se há alguma observação a fazer, é que se adotou um comportamento zeloso -- quem sabe até demais.

 A tabela mostra que o total inicialmente autorizado pelo Congresso para gastos discricionários -- aqueles que podem ser alterados pela presidência da República --  para o ano de 2015, chegava a R$ 200,5 bilhões. Reforçada por sucessivas dotações autorizadas, a soma final subiu para R$ 211,7 bilhões. Na hora de gastar os recursos,  no entanto, o governo já havia assumido que 2015 seria um ano de ajustes e cortes e agiu na direção inversa. Entre a verba autorizada e a empenhada, aquele montante que é encaminhado para pagamento real, ocorreu uma redução de 65,6%, para R$ 138,9 bilhões. Foi só o primeiro corte.

   Em função daquele fenômeno conhecido por toda pessoa familiarizada com os ritos burocráticos e acidentes de percurso no caminho percorrido das verbas oficiais que deixam o cofre para encontrar a luz do dia, os cortes não ficaram aí. Nem tudo o que fora  empenhado (R$ 138,9 bi) acabou sendo efetivamente gasto (R$ 88,8 bi). Neste caso, a diferença foi de R$ 50,1 bilhões -- para menos.

     Comparando a dotação inicial autorizada pelo Congresso, com o gasto real até o final de 2015, chega-se a uma diferença de RS 112 bilhões -- para baixo. Enfrentando uma dramática queda de receitas ao longo do ano, em dezembro o governo propôs e o Congresso aprovou um contingenciamento de R$ 69,9 bilhões, o maior da história.

     Como diz a nota técnica, "é cristalino que todos os créditos adicionais abertos, inclusive por decreto, não tiveram qualquer efeito no atingimento da meta." Isso quer dizer o seguinte. Se três entre os quatro decretos suplementares autorizaram novas despesas -- o quarto já foi descartado porque não representou gasto algum --  elas foram compensados, por recursos que foram economizados, em outras áreas, e por isso não afetaram o gasto final.

    Num Estado que funciona com regras muito mais rígidas e limites muito mais estreitos do que se costuma imaginar, boa parte dos decretos destinam-se apenas a autorizar setores da administração pública que tiveram um ganho extra de receita -- e precisam de um "crédito" para poder gastar o que receberam. Estamos falando de universidades federais que receberam donativos, instituições que engordaram o caixa com a aceitação acima do previsto de serviços vendidos e assim por diante.

     Como era previsível, o exame de cada um dos decretos legislativos mostra a mesma situação, num conjunto que coloca em questão a tese política de um governo que seria irresponsável com dinheiro público, num discurso que todos sabemos aonde pretende chegar.  O Plano Safra, que chegou a ser o carro forte da denúncia contra a Dilma, foi retirado de cena, pois não há meios de ligar qualquer um de seus desdobramentos a caneta presidencial. As pedaladas foram arquivadas. Dos quatro decretos suplementares, entre centenas que a presidente assinou no período, ficaram três. Eram quatro, mas um deles não chegou a representar um centavo de gasto. Capazes de apontar a responsabilidade de Dilma pelos decretos -- numa versão mal empregada da teoria do domínio do fato -- os peritos chamados a dar um parecer sobre as contas do governo não foram capazes de definir qual a natureza da irregularidade cometida nem responder a questão principal. Se houve crime fiscal, qual o prejuízo que causou?

  Apoiada nestes números, que contrariam frontalmente a denúncia contra a presidente, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) fez a pergunta da semana na Comissão Especial sobre o Impeachment. "A perícia tem que responder: quando foi que se feriu a meta? Quando a presidenta não tinha autorização legal para fazer o que fez? É isso o que está acontecendo: o Brasil passa por seu pior momento, pelo mais difícil, mas tem pessoas aqui querendo incriminar, tirar o mandato de quem foi eleito pelo povo. Isso não é impeachment, é golpe."

   Colocada em seu devido lugar, a confissão da líder do governo merece elogio pela franqueza. Mas incomoda pelo conformismo de quem acha que é assim mesmo que as coisas deveriam ocorrer. O silêncio de seus aliados, que nem se deram ao trabalho de confrontar o que ela disse -- até para manter as aparências -- mostra que há um esforço silencioso para se transformar um ataque histórico à democracia num evento aceitável, com o qual seria bom se conformar. A postura de fingir que não há nada de escandaloso, inaceitável, neste processo, é uma tentativa de anestesiar consciências e distorcer os fatos.


   Aqui reside o perigo.  Se a agenda econômica e social de Michel Temer é uma tragédia, o projeto de regressão política pode ser ainda mais duradouro e pernicioso.

DILMA DIZ QUE RECORRERÁ AO STF CONTRA O GOLPE E DECLARA APOIO AO PLEBISCITO

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Entrevistada nesta quarta (29) pelo jornalista Kennedy Alencar, para o SBT Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha é uma "ameaça integral" para o presidente interino Michel Temer; "É uma ameça integral, em todos os sentidos", disse; ela também avisou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal, caso o resultado do julgamento no Senado seja pelo seu afastamento definitivo da Presidência da República;  "A perícia feita pela comissão do Senado constata que não há minha participação no Plano Safra e não teve qualquer irregularidade minha nas pedaladas fiscais. 

De fato, não se pode falar em crime de responsabilidade. Primeiro reforço o caminho para o Senado. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância", ressaltou; sobre o plebiscito pela antecipação das eleições, Dilma disse que se os senadores propuserem isso, ela irá endossar; "Eu não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha. Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos", reforçou.

247 - Entrevistada nesta quarta-feira (29) pelo jornalista Kennedy Alencar, para o SBT Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha é uma "ameaça integral" para o presidente interino Michel Temer.
"É uma ameça integral, em todos os sentidos", diz ela.
Na entrevista, Dilma falou sobre a atual situação política e econômica do país, o seu governo, o processo de impeachment no Senado, uma possível volta ao cargo, entre outros assuntos.
Dilma avaliou ainda que, se Cunha tivesse sido afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes de 17 de abril, teria sido mais difícil Câmara aprovar pedido de impeachment. Ela avisa que irá recorrer ao Supremo, caso o impeachment seja aprovado e diz que apoia o projeto de plebiscito para antecipar as eleições.
Abaixo os principais trechos da entrevista:
"A batalha do impeachment não é só política. É também jurídica. A perícia feita pela comissão do Senado constata que não há minha participação no Plano Safra e não teve qualquer irregularidade minha nas pedaladas fiscais. A conclusão é que, de fato, não se pode falar em crime de responsabilidade. Primeiro reforço o caminho para o Senado. Estamos defendendo que há um golpe. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância";
"Hoje está sendo discutido se haverá proposta de plebiscito. A proposta tem que ser de um terço da Câmara e do Senado. O que é importante para mim é manter a unidade dos que me apoiam. São parlamentares, movimentos sociais, intelectuais, que têm opiniões diferentes. Se os 27 senadores propuserem isso para mim vou endossar. Mas eu não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha. Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos";
"Tanto os senadores que me apoiam, a Frente Brasil Popular e o Movimento Povo Sem Medo e o meu staff, nós estamos avaliando uma carta de compromisso à Nação. Primeiro compromisso é com a democracia. O segundo compromisso é devolver os direitos que estão retirando. Um exemplo é o reajuste do Bolsa Família. Depois de muito insistirmos, eles deram hoje"; 
"Fotografia histórica do governo Dilma é tirar o Brasil do mapa da fome e ter tirado a população da miséria extrema"
 "Eu gostaria de comparecer às Olimpíadas. Eu fiz as tratativas, os preparativos, depois as obras. Eu me sinto a mãe. E o Lula é o pai, ele arrancou as Olimpíadas de muitos países. Se eu fosse a presidente em exercício, Lula estaria";
"Quem é o informante de dentro do processo de delação de Marcelo Odebrecht? Eu paguei para o João Santana R$ 70 milhões. O meu adversário gastou a metade. Porque eu teria que pagar a mais por caixa 2?";
"Decisão do Supremo foi muito prudente e firme" (sobre a decisão de soltar Paulo Bernardo pelo ministro Dias Toffoli);
"Sérgio Moro cometeu uma grande irregularidade ao vazar o áudio da presidente"
"Pelo menos, criaria um clima muito ruim para este processo de impeachment. O Cunha aceitou este processo como uma vingança. Foi um claro desvio de poder" (se o julgamento de Cunha pelo Supremo tivesse sido antes do julgamento do impeachment pela Câmara)
"Cunha foi visitar o presidente interino, provisório. Não trataram de futebol, certamente"; 
"O Cunha é uma ameaça integral [ao governo Temer], em todos os sentidos".

INCIDENTE EM CAMPINA: Presidente da OAB nacional é chamado de golpista em protesto e desiste de eventos oficiais na Paraíba

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, estava na Paraíba para o lançamento do Comitê contra o Caixa 2 nas eleições municipais, mas desistiu de participar da solenidade em João Pessoa ao ser acusado de “golpista”. A solenidade estava marcada para essa quarta feira (29).
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As informações dão conta de que durante a posse do Conselho da Subseção da OAB de Campina Grande, o jurista foi confrontado e chamado de “golpista”. Alguns advogados presentes se manifestaram contrários ao presidente e a segurança precisou ser acionada para restabelecer a ordem. O motivo seria o apoio que Lamachia manifestou em relação ao  processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
A solenidade em João Pessoa aconteceria no auditório da OAB-PB, localizado na rua Rodrigues de Aquino, 37, Centro da Capital, às 10h00. Após o lançamento, Cláudio Lamachia, e o presidente da OAB-PB, Paulo Maia, deveriam conceder uma entrevista coletiva à impressa. Com medo de represálias, o jurista cancelou o segundo dia de visita em João Pessoa e retornou para Brasília.  Sua decisão foi motivada após alguns colegas locais do presidente alertarem que o protesto contra o “golpista”  na capital seria mais intenso.
O evento abandonado 
O objetivo do evento é instalar comitês em todos os municípios para fiscalizar, conscientizar e receber denúncias de cidadãos sobre irregularidades no financiamento de campanhas para prefeito e vereador, como as voltadas às eleições que serão realizadas nas eleições deste ano.
A proposta visa ainda mobilizar advogados e contadores a prestarem gratuitamente seus serviços para auxiliar a Justiça Eleitoral na fiscalização de campanhas suspeitas, assim como conscientizar o eleitor a suspeitar de candidatos cujas campanhas tenham a aparência de incompatíveis com os recursos arrecadados.
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA

PF PRENDE CACHOEIRA E DONO DA DELTA ENGENHARIA

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Foram presos, nesta manhã, o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Engenharia; a ação, batizada de Operação Saqueador, é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que provocou a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, e atinge também Adir Assad, já preso na Lava Jato; eles são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, num esquema que teria desviado R$ 370 milhões; Cavendish chegou a ser um dos maiores empreiteiros do Brasil e participou das obras do Maracanã.

Goiás 247 – Foram presos, nesta manhã, o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Engenharia.

A ação, batizada de Operação Saqueador, é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que provocou a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, e atinge também Adir Assad, já preso na Lava Jato.

Eles são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, num esquema que teria desviado R$ 370 milhões. Tais recursos teriam sido pagos em propina a agentes públicos, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.

Cavendish chegou a ser um dos maiores empreiteiros do Brasil e participou das obras de reforma do Maracanã.

O caso foi distribuído ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Além de Cachoeira, Cavendish e Assad, a denúncia atinge outras 20 pessoas.

Entre 2007 e 2012, a Delta faturou R$ 11 bilhões.

O desserviço de Michel Temer ao falar sobre aposentadoria feminina. Por Nathali Macedo

O presidente interino
O presidente interino

O presidente interino tem cavado a própria cova. Quanto mais tenta melhorar sua imagem, mais fundo cava.
Sua última investida no ofício de nos convencer de que ele é realmente o retrato do atraso foi dizer que as mulheres deveriam aposentar-se mais cedo que os homens porque “a mulher faz o trabalho interno na sua casa.”
Depois de anunciar um Ministério de homens brancos, é compreensível que Temer queira limpar a própria barra.

Alguém deve ter tido a infelicidade de convencê-lo que declarar que não concorda com a mudança na regra previdenciária que equipara as idades para homens e mulheres se aposentarem seria uma boa ideia, mas isso só serviu para ratificar que o presidente interino não sabe nada a respeito de promoção da igualdade de gêneros.
Muitas mulheres, de fato, enfrentam jornadas triplas: trabalham fora, muitas vezes para proverem sozinhas o sustento de filhos abandonados pelos pais, cuidam da casa, porque as tarefas domésticas ainda são tidas como exclusivamente femininas, e cuidam ainda da própria aparência, porque precisam ser (além de boas funcionárias, boas mães e boas donas de casa) esteticamente impecáveis, uma preocupação não tão imposta aos homens.
Dito isto, a nova regra previdenciária que equipara a idade de aposentadoria de homens e mulheres é, de fato, ultrajante, ao menos até que se modifique a cultura segundo a qual a mulher tem obrigações infinitamente maiores que o homem durante toda a sua vida.
Mas, no que depender de homens como Michel Temer, essa cultura não se modificará tão cedo.
No mundo das “belas, recatadas e do lar” em que vive o interino, as mulheres chegam em casa e preparam a sopa de seus maridos, dão-lhe massagem nos pés e perguntam: “Como foi o seu dia, querido?”
Neste mundo horrendo, um pai que troque as fraldas do seu filho é tido como herói e mulheres fazem faxina em seus dias de folga enquanto seus maridos assistem futebol.
Mas no mundo real, ao qual Temer parece estar alheio, o “trabalho interno” de uma casa compete a todos os moradores.
As mulheres brasileiras não precisam de favores institucionais, precisam de igualdade. Não queremos pagar menos em ingressos de shows e eventos, queremos salários equiparados aos masculinos; não queremos deixar mais cedo o mercado de trabalho, queremos uma profunda mudança de consciência que convença homens como Michel Temer de que não é justo que tenhamos jornadas triplas apenas porque nascemos com uma vagina.
Enquanto essa mudança de consciência não chega, as leis de nosso país, inclusive as leis previdenciárias, não devem nos violentar. Mas mesmo a coisa certa deixa de ser certa quanto defendida pelas razões erradas. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-desservico-de-michel-temer-ao-falar-sobre-aposentadoria-feminina-por-nathali-macedo/

COM AS PROVAS DA PROPINA... CADÊ O JANOT? Eles desmoralizam o Golpe PF VAI À CACHOEIRA DO CARLINHOS Vai ter peito de chegar à Veja? À Globo? À Marginal de SP? PF vai à cachoeira do Carlinhos NASSIF CONFIRMA PROPINA DE TEMER

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Conversa Afiada reproduz matéria do GGN:

Surgem imagens do processo que acusou Temer de receber propina em Santos

Imagens do processo em que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) foi acusado de receber recursos públicos desviados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foram divulgadas pelo portal Conversa Afiada nesta terça (28). Os documentos mostram que houve, de fato, a denúncia de que Temer teria um acordo com seu apadrinhado na Codesp para receber 50% da propina sobre contratos de licitações ou concessões de portos.
A denúncia foi revelada em 2001, quando Veja publicou uma reportagem sobre corrupção no Porto de Santos. A revista citou um processo de dissolução de união estável que tramitou em São Paulo, no qual Erika Santos, então companheira de Marcelo de Azeredo (presidente da Codesp), pedia R$ 10 mil de pensão mensal e mais 50% do patrimônio do dirigente.
Para provar o enriquecimento de Azeredo, Erika teria citado as negociatas das quais teve conhecimento, todas na Codesp, com divisão das propinas entre o companheiro, o atual presidente interino e "um tal de Lima”.
No documento divulgado pelo CA, consta que em meados de 1997 houve uma viagem de Erika e Azeredo com contornos de “lua de mel” para os Estados Unidos.
“Antes desse momento, o requerido [Azeredo], na qualidade de presidente [da Codesp], efetuou uma série de licitações para terceirização de alguns serviços, ou concessão de outros, ou concessão de uso de terminais para embarque/desembarque. Estas ‘caixinhas’ ou ‘propinas’ eram negociadas com os vencedores das licitações ou com os concessionários, e repartida entre o requerido, seu ‘padrinho político’, o deputado Michel Temer, hoje presidente da Câmara dos Deputados, e um tal de Lima.”
O texto ainda sugere que graças a "indicações" de políticos, Azeredo “sempre ocupou cargos públicos”. Foi diretor administrativo da Eletropaulo, diretor comercial da Sabesp, coordenador geral de administração da Secretaria de Estado de Saúde e diretor de agências da Nossa Caixa, antes de chegar à Codesp.
DIVISÃO DA PROPINA
Pelas licitações e concessões “arranjadas”, Temer recebia, geralmente, o dobro da propina destinada a Azeredo, indicam os documentos. No caso da concessão dos terminais 34/35 do Porto de Santos para a empresa Libra, diz o processo, R$ 640 mil supostamente foram para o bolso do interino, R$ 320 mil para Azeredo e outros R$ 320 mil para "Lima", que não tem primeiro nome nem função identificados nas páginas disponíveis no CA.
“Da empresa RODRIMAR", Azeredo recebeu R$ 150 mil, "sempre com participação dos outros dois sócios [Temer e Lima], constando, ainda uma doação para a campanha de Michel Temer de mais de R$ 200 mil”, aponta o documento assinado pela defesa de Erika, em agosto de 1999.
Em 2011, Veja tocou novamente no assunto, em alusão à primeira reportagem. Michel Temer, já vice de Dilma Rousseff (PT), negou novamente o envolvimento no esquema e afirmou “ter pedido o afastamento de Azeredo da presidência da Codesp quando surgiram os primeiros boatos de irregularidade”.
Ainda segundo a reportagem, os advogados de Erika, uma estudante de Psicologia, “detalharam seis negócios fechados pelo trio, com base em planilhas de controle copiadas por Erika do computador pessoal do ex-companheiro”.
Como Temer ameaçou entrar no circuito e fazer uma queixa-crime contra a estudante, Azeredo entrou em acordo com a ex-companheira e ela desistiu da ação judicial. Isso foi usado como argumento favorável à defesa de Temer. Depois que o escândalo veio à tona, Erika ainda chegou, segundo a Folha de S. Paulo (ver imagem abaixo), a "desautorizar" seus advogados, dizendo que só soube dos fatos relatados através de uma denúncia anônima e que eles não deveriam constar em seu processo de separação.
 
 INVESTIGAÇÃO EM DUAS FRENTES
Por conter indícios de outros crimes de corrupção, contudo, o processo não foi arquivado de imediato. Numa primeira frente, a parte que cita Temer virou base para um processo administrativo encaminhado ainda em 2001 para a Procuradoria-Geral da República, mas Geraldo Brindeiro arquivou.
“Em 2006, as denúncias [contra Temer] deram origem a uma investigação na Polícia Federal. Só em setembro de 2010 o caso foi remetido pela Procuradoria da República ao Supremo Tribunal Federal. O caso chegou ao Supremo em fevereiro [de 2011] e, na semana passada, seguiu para análise da Procuradoria-Geral da República", descreveu a Veja.
Ainda em 2011, o Supremo Tribunal Federal decidiu, a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Gurgel, excluir o nome de Temer do processo e arquivá-lo, por entender que nenhum fato novo surgiu desde a revelação do caso. A parte sobre propina que atingia Marcelo Azeredo foi encaminhada à primeira instância, segundo CartaCapital.
Abaixo, as imagens reveladas por Conversa Afiada:

Advogado do MST é encontrado morto à tiros

Advogado do MST é encontrado morto à tiros
Foto: Reprodução. O suspeito de ter efetuado os disparos ainda não foi encontrado. 

Foi assassinado na noite desta segunda-feira (27), por volta das 20h30, o advogado do Movimento Sem Terra (MST) de Novo Mundo, Rubens Moreno Rubio Junior. O crime aconteceu em uma propriedade rural da Comunidade Novo Horizonte, localizada às margens da rodovia MT-208, município de Alta Floresta.

As informações repassadas às autoridades competentes dão conta de que a vítima estava em um carro (marca/modelo não divulgados) com a esposa e o filho e chegava à propriedade. No momento em que o advogado desceu para abrir a porteira, foi alvejado por ao menos três disparos de arma de fogo.

A esposa e o filho retornaram à cidade com o carro e comunicaram o crime aos policiais que estiveram no local. Uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local e removeu o cadáver ao Instituto Médico Legal (IML) para realização dos exames de necropsias.

Rubens Junior defendia o MST tanto de Novo Mundo como de outras cidades do estado de Mato Grosso. Diante disso, acredita-se que o homicídio tenha ligação com disputa de terra, mas a hipótese ainda será investigada.

O suspeito de ter efetuado os disparos ainda não foi encontrado.

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Fundação Perseu Abramo e PT criam curso a distância para candidatos a vereador

(foto: Marcos Santos/USP Imagem)

Curso à distância é voltado aos candidatos às próximas eleições municipais e abordará os temas mais importantes a uma campanha para vereador.

A Fundação Perseu Abramo (FPA) e o Partido dos Trabalhadores (PT) criaram o “Curso de formação das pré-candidaturas a vereador e a vereadora para as eleições de 2016″. A proposta é destinada a três grupos: aos interessados e às interessadas em se candidatar; aos coordenadores e às coordenadoras de campanhas, e; aos e às dirigentes partidários que  terão papel direto nas campanhas.
O curso é realizado à distância através da plataforma de EaD da FPA e tem a vantagem de oferecer vídeos e textos que podem ser acessados a qualquer momento durante a campanha.
São sete aulas que vão ajudar a estruturar a campanha de uma candidatura, em um total de 35 horas de carga. Os inscritos podem optar pelo horário que melhor se encaixar em sua rotina.
As aulas virtuais vão debater temas variados e caros a uma campanha, como Ética Partidária para as Eleições de 2016, com exposições do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do secretário nacional de formação política, Carlos Henrique Árabe.
As exposições também passam pelo debate sobre a cidade, com Ermínia Maricato e Márcio Porchmann. Já Paulo Fiorilo fala do papel do candidato e da candidata petista na organização de sua campanha.
Além disso, Ana Perugini e Mauro Zeuri expõem a organização mais formal de campanha; por sua vez, Antonio Alves Filho, o Cony, discute planejamento e agenda de campanha e as condições jurídicas e as novidades da legislação para 2016. O curso termina com um debate sobre o papel da comunicação e das mídias sociais, com Nina Santos.
Em cada aula, os participantes terão três tarefas: assistir a um vídeo de, em média, 15 minutos sobre o tema; ler um texto que ajuda a estruturar os temas de campanha, de cerca de nove páginas, e fazer uma breve atividade de fixação do conteúdo em que casos e dilemas para o candidato são explorados.
Terminadas as atividades, a FPA emite um certificado de conclusão àqueles que executaram todas as atividades.
O intuito geral é ajudar nos debates e organizações de campanhas tipicamente petistas. O objetivo é dar ferramentas para o pré-candidato e pré-candidata do partido organizar sua agenda de trabalho e enfrentar o atual contexto de ataques ao PT.
O curso é gratuito e exclusivo a filiados e filiadas. Acesse o site da Fundação Perseu Abramopara saber mais detalhes e fazer sua inscrição.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Secretaria de Organização do PT.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Divaneide Basílio #LiberdadeReligiosa #JuventudeViva #PeloFimDoRacismo

A intolerância, associada ao racismo, vem carregada de um ódio que mata e desconstrói. Por isso, ser a favor da vida é lutar contra esse tipo de preconceito. 

EM 10 ANOS LEI MARIA DA PENHA MUDOU A VIDA DAS MULHERES, MAS NÃO FUNCIONA SOZINHA



Neste mês de agosto, a Lei Maria da Penha, que criminalizou a violência doméstica contra as mulheres no Brasil, completa 10 anos de implementação. Para registrar a data e debater os avanços e desafios dessa legislação, o mandato do vereador Hugo Manso (PT), vai realizar, na próxima quinta-feira, 30, uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal, a partir das 8h.

"A Lei Maria da Penha é um marco na proteção das mulheres em situação de violência doméstica no Brasil. Ela vem promovendo mudanças culturais importantes. Tanto que atualmente esse tipo de violência não mais é entendida como uma questão privada, mas sim como uma questão pública e que o agressor será punido", disse Hugo. 

Segundo a coordenadora da ONG feminista Bandeira Lilás e ex-secretária de mulheres do RN, Teresa Freire, embora fundamental, a Lei Maria da Penha não funciona sozinha. Ela precisa estar acompanhada de políticas públicas que garantam a segurança das mulheres como a construção das Centros de Referência e Casas Abrigo, ampliação e qualificação do trabalho das Delegacias das Mulheres, que precisam funcionar 24 horas e finais de semana, além de um trabalho sistematizado junto as instituições de ensino.


RESERVA DE VAGAS

No inicio desse ano, a Câmara Municipal de Natal aprovou um Projeto de Lei de autoria do vereador Hugo Manso(PT) que prevê a reserva de 5% das vagas nas empresas terceirizadas da prefeitura para mulheres em situação de violência. "Garantir que as mulheres em situação de violência, principalmente possam romper com o ciclo de agressões e seguir a vida dignamente é um dever do Estado, do Município. Aprovar políticas públicas desse tipo é permitir que a mulher tenha uma alternativa de renda e trabalho e possa ter uma vida com autonomia", diz a justificativa do projeto, que aguarda sansão do prefeito para entrar em vigor.

Vaza áudio revelador do senador Hélio José sobre Temer e Cunha

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Senador Hélio José pelo PMDB/DF e Eduardo Cunha e Michel Temer (Imagem: Pragmatismo Político).

Em conversa com um blogueiro de Brasília, o senadorHélio José (DF), recém-filiado ao PMDB, revela detalhes das estratégias do partido no golpe contra a presidentaDilma Rousseff. O áudio acabou sendo publicado nainternet e divulgado pelo WhatsApp.

No diálogo, Hélio afirma que o vice-presidente Michel Temer precisou firmar compromissos com o presidente da CâmaraEduardo Cunha, e com empresários para conseguir o comando do país. “Se o Temer assumir, o problema é que vai assumir o compromisso que ele teve de assinar com os bandidos do Cunha e com o grande empresariado”, revelou.

O parlamentar disse que ainda não se decidiu se votará contra ou a favor do impeachment no Senado, elogiou o ex-presidente Lula e garantiu que o Brasil irá “chorar lágrimas de sangue” e implorar pela volta do PT ao poder. Na opinião do senador, as pessoas foram às ruas por influência da Rede Globo e não vão demorar para perceber que a crise não será solucionada no governo Temer.

Hélio José também ressaltou o possível retrocesso nas conquistas sociais dos trabalhadores: “Vão ver a desgraceira que vai acontecer nesse país com arrocho, onde servidor público vai ser tratado na pinhola, onde o servidor público vai perder os seus direitos”. Procurada, a assessoria do senador não contestou as informações da gravação, mas disse se tratar de uma conversa informal que foi divulgada sem autorização do congressista.


Áudio do senador Hélio José sobre golpe revela artimanhas do PMDB para chegar ao poder. Em conversa divulgada na internet, parlamentar afirma que Michel Temer precisou se aliar aos “bandidos do Cunha” para alcançar o poder e garantiu que Brasil irá “chorar lágrimas de sangue”. Ele prevê agravamento da crise e perda de direitos sociais.

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