quarta-feira, 27 de abril de 2016
Anastasia recebeu doações de empreiteiras da Lava Jato
Dono da campanha mais cara entre todos os
candidatos ao Senado em 2014, o relator do pedido de impeachment da presidente
Dilma Rousseff recebeu doações de R$ 2 milhões das empreiteiras Andrade
Gutierrez, UTC, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão e o banco BTG Pactual, todos
citados na Lava Jato; quatro das empreiteiras citadas participaram de
consórcios que construíram a Cidade Administrativa do governo de Minas Gerais,
que teve custo de mais de R$ 1 bilhão, inaugurado em 2010.
Minas 247 - O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
relator do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no
Senado, recebeu, na eleição de 2014, doações de empreiteiras e de um banco
citados na Operação Lava Jato.
O tucano foi o dono da campanha
mais cara do país entre todos os candidatos ao Senado em 2014. Ele recebeu R$
18,1 milhões em doações, contra R$ 15,2 milhões do segundo colocado, o
ex-ministro Gilberto Kassab (PSD-SP), de acordo com informações do Tribunal
Superior Eleitoral. Em Minas, Anastasia arrecadou mais que o dobro do que a
soma recebida por todos os outros sete candidatos a senador.
Com as empreiteiras Andrade
Gutierrez, UTC, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão e o banco BTG Pactual, todos
citados na Lava Jato, a campanha do tucano arrecadou R$ 2 milhões, o que representa
11,1% do total recebido pelo então candidato. Executivos das seis empresas
foram presos na operação --alguns já foram condenados. O banco doou R$ 1 milhão
diretamente ao seu comitê.
Quatro das empreiteiras citadas
participaram de consórcios que construíram a Cidade Administrativa do governo
de Minas Gerais. Ao custo de mais de R$ 1 bilhão, o conjunto foi inaugurado em
2010.
Além
de ter recebido dinheiro de empreiteiras investigadas na Lava Jato, Antônio
Anastasia também praticou as chamadas "pedaladas fiscais", apontado
como crime de responsabilidade pelos autores do pedido de impeachment da
presidente Dilma, quando era governador de Minas (leia mais).
Agenda da semana em defesa da democracia e contra o golpe em Natal!!!
Entre no link do evento do face, confirme presença e convide amigos e amigas!
27/04 (quarta)
17h – IF Salgado Filho - Bate papo com Tico Santa Cruz
Obs: Levar camisas lisas; a garotada estará lá pintando-as com as telas contra o golpe
https://www.facebook.com/events/1174538079245420/
29/04 (sexta)
18h – Esquina do Midway - Encontro de gente diferente, escrachada e de rua
https://www.facebook.com/events/1114281578593979/
01/05 (domingo)
09h – MAIOR 1° DE MAIO DA HISTÓRIA DE NATAL – Concentração na Praça das Flores – Tirol
https://www.facebook.com/events/1085617161477461/
terça-feira, 26 de abril de 2016
DILMA ATACA O GOLPE: QUEM ME JULGA É CORRUPTO
Ao entregar as chaves de 2,8 mil residências na
Bahia, nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff fez mais um discurso
contra o golpe parlamentar que enfrenta e bateu duro no parlamentar que conduz
o processo; "Quem me julga é corrupto. Esta pessoa que preside a
Câmara dos Deputados todo mundo sabe que tem contas no exterior", disse
ela, referindo-se ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); Dilma afirmou ainda que
está sendo julgada por ter feito uma opção pelos mais pobres; "Meu governo
fez uma opção pelo Minha Casa, Minha Vida, pelo Bolsa Família, pelo Mais
Médicos, pela Lei de Cotas", afirmou, pontuando ainda que Michel Temer tem
a intenção de reduzir o alcance de programas sociais; em sua fala, o governador
da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que pesquisas feitas no estado revelam grande
desaprovação popular ao impeachment; “Estamos com o seu governo, com muito
orgulho”, disse Rui; “A senhora lidera o maior programa habitacional que a
Bahia já viu”.
Bahia 247 – Ao entregar as chaves de 2,8 mil residências na Bahia, nesta
terça-feira, 26, a presidente Dilma Rousseff fez mais um discurso contra o
golpe parlamentar que enfrenta. Nele, agradeceu nominalmente aos “24 deputados
que tiveram a coragem de votar contra o golpe”.
“Fui eleita com 54 milhões de votos e a Bahia
me deu grande parte deles”, afirmou.
Ela também afirmou que, em 2018, quando espera
terminar seu mandato, um em cada oito brasileiros terá sido beneficiado pelo
Minha Casa, Minha Vida. “O presidente Lula fez 1 milhão de casas. Depois, no
meu primeiro mandato, fizemos 2,75 milhões. Agora, estamos fazendo mais 2
milhões. Ou seja: são 5,75 milhões de residências. Se considerarmos quatro
filhos por família, estamos falando de 25 milhões de brasileiros beneficiados”,
afirmou. “Antes do Minha Casa, Minha Vida, o pobre podia passar 20 mil vezes na
frente do banco, que não teria crédito para comprar sua casa própria”.
Ela afirmou ainda que está sendo julgada por
ter feito uma opção pelos mais pobres. "Meu governo fez uma opção pelo
Minha Casa, Minha Vida, pelo Bolsa Família, pelo Mais Médicos, pela Lei de
Cotas", afirmou.
Dilma também repetiu o discurso de que não
está sendo acusada de corrupção, ao contrário de seus opositores. "Não sou
acusada de propina, não tenho conta no exterior, nunca fui acusada de corrupção".
Sobre as chamadas "pedaladas fiscais", ela disse se tratar de uma
mera antecipação de recursos para pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa
Família. "Sou acusada de algo praticado no Brasil desde 1994",
afirmou. "Mas em 2014 isso virou crime. Isso significa dois pesos e duas
medidas. Significa injustiça. Por isso digo: estou sendo vítima de uma grande
injustiça".
A presidente fez também outra pontuação
importante. "Quem me julga é corrupto. Esta pessoa que preside a Câmara
dos Deputados todo mundo sabe que tem contas no exterior", afirmou. Ela
denunciou a tentativa de se fazer uma eleição indireta para se chegar ao poder.
"Se querem a presidência, disputem eleições. O fato é que querem sentar na
minha cadeira sem voto".
Apoio da Bahia
Em seu discurso, o governador Rui Costa, do
PT, afirmou que, na Bahia, a grande maioria da população a quer na presidência
da República. “Estamos com o seu governo, com muito orgulho”, disse Rui Costa.
“A senhora lidera o maior programa habitacional que a Bahia já viu”.
Segundo o governador baiano, pesquisas
recentes revelam que a aprovação à presidente Dilma “subiu na vertical” na
Bahia.
FILHA DE TEMER RECONHECE QUE IMPEACHMENT NÃO É BOM PARA DEMOCRACIA
Luciana Temer, filha do vice Miche Temer que
pode assumir a presidência em caso de afastamento de Dilma Rousseff, disse que
o processo "não seria algo positivo à estabilidade democrática do
país"; "O impeachment não é algo bom em lugar nenhum. Não se pode comemorar,
já que 24 anos é um tempo muito curto de sustentação democrática para você ter
dois impedimentos", disse ela a alunos do curso de direito da PUC, em São
Paulo..
247 – Filha do vice Michel
Temer, que pode assumir a Presidência em caso de afastamento de Dilma Rousseff,
Luciana Temer disse que o processo "não seria algo positivo à estabilidade
democrática do país".
"O impeachment não é algo bom em lugar nenhum. Não se pode
comemorar, já que 24 anos é um tempo muito curto de sustentação democrática
para você ter dois impedimentos", disse ela a alunos do curso de direito
da PUC, em São Paulo, segundo reportagem de Vinicius Pereira.
Ela também se mostrou contra a antecipação de novas eleições.
"Uma nova eleição é golpe, pois não está prevista na Constituição",
disse.
Luciana é secretária de
Assistência e Desenvolvimento Social da gestão Fernando Haddad (PT), em São
Paulo (leia aqui).
Francisco Castro A cantora Zélia Duncan denuncia o pacto diabólico entre Jair Bolsonaro e Eduardo Cunha
“O
rei dos réus presidindo a sessão já deveria ser ilegal, e, eu pergunto: exaltar
assassinos confessos na hora de um voto tão importante para todos não seria
também algo que precisa de uma consequência?
Esse mesmo sujeito, Jair
Bolsonaro, exalta também Eduardo Cunha, o cínico dos cínicos, esfrega na nossa
cara esse poder sombrio que os une, o poder de tirar o pudor do armário”,
criticou a cantora Zélia Duncan, em referência ao deputado Bolsonaro que
dedicou seu voto do impeachment a um coronel da ditadura.
A
cantora Zélia Duncan fez uma dura crítica ao deputado Jair Bolsonaro, sue
dedicou seu voto do impeachment a um coronel da ditadura, e disse que ele
mantém um ‘pacto sinistro’ com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB):
“O
rei dos réus presidindo a sessão já deveria ser ilegal, e, eu pergunto: exaltar
assassinos confessos na hora de um voto tão importante para todos não seria
também algo que precisa de uma consequência? Esse mesmo sujeito, Jair
Bolsonaro, exalta também Eduardo Cunha, o cínico dos cínicos, esfrega na nossa
cara esse poder sombrio que os une, o poder de tirar o pudor do armário.
O
pudor de ser uma criatura da lama virou orgulho de repente. Andamos tão
enviesados moralmente que, no Brasil, até o diabo pede misericórdia e todos
dizem amém!”, escreveu ela em artigo.
FREI BETTO DIALOGA COM DEUS E PREVÊ VOLTA DE LULA
Em artigo que ironiza os votos dos deputados a favor do impeachment, Frei Betto ouve de “Deus” que “quem atrapalha a República são aqueles que catam mosquitos no olho alheio e vivem engolindo camelos”; quanto à corrida pela Presidência, prevê a volta do ex-presidente Lula: “o maior eleitor dele se chama Michel Temer”, diz.
247 - Em artigo que ironiza os
votos dos deputados a favor do impeachment, Frei Betto dialoga com Deus: “quem
atrapalha a República são aqueles que catam mosquitos no olho alheio e vivem
engolindo camelos”. Quanto à corrida pela Presidência, prevê a volta do
ex-presidente Lula: “o maior eleitor dele se chama Michel Temer”, diz.
Leia abaixo:
― Deus, o que o Senhor achou de tantos deputados acusados de
corrupção invocarem seu santo nome em vão durante a votação do impeachment na
Câmara?
― Pelo amor de Mim, um horror! Meu Filho se lembrou dos fariseus
hipócritas, aquela raça de víboras.
― O Senhor não está sendo muito rigoroso? São todos cristãos!
― Cristãos eram também Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e
Pinochet. Posso não me intrometer muito nas mazelas humanas, mas uma coisa é
certa: ninguém me engana. Não vejo cara nem coração. Fico de olho é na
intenção.
― Mas, pelo menos neste mundo tão descrente, foi um sinal de que
ainda há quem creia no Senhor.
― Creem da boca para fora e de olho no dinheiro para dentro do
bolso, ou de algum paraíso fiscal. Muitos ali adoram o bezerro de ouro, o Deus
do poder, da soberba e da demagogia. Falam em paz e apoiam a bancada da bala.
Pregam o amor ao próximo e estimulam a homofobia.
Carregam a Bíblia debaixo do braço e escorraçam de suas terras,
para espalhar o gado, índios e quilombolas, pescadores e lavradores.
― Homossexualidade então não é pecado?
― Pecado é a falta de amor. Onde há amor, aí Me faço presente.
― Mas há textos bíblicos que condenam a homossexualidade.
― Sim, como há outros que mandam passar ao fio da espada adeptos de
outras religiões, como hoje faz o Estado Islâmico. Cada texto precisa ser lido
dentro de seu contexto. É no mínimo desonestidade intelectual tirar pretextos
preconceituosos de versículos bíblicos escolhidos segundo motivações que negam
a qualquer ser humano a ontológica sacralidade de ter sido criado à Minha
imagem e semelhança.
― Mas o Senhor não se sente lisonjeado com a bancada da Bíblia?
― Nunca deu certo a religião pretender monitorar a política. Por
isso meu filho entrou em choque com Pilatos e o Sinédrio judaico. Há quem
julgue que o cristianismo converteu o Império Romano no século 4º. Foi
contrário: Constantino logrou tornar a igreja uma instituição imperial.
E isso resultou na Inquisição, que pretendeu impor a fé a ferro e
fogo, e em rupturas que hoje o papa Francisco tenta costurar. Política, Estado
e partidos devem ser laicos. Todo fundamentalismo é nocivo. Lembre-se que meu
filho acolheu a mulher samaritana, considerada herege pelos judeus; a mulher
fenícia, tida como idólatra; o centurião romano, adepto do paganismo. Sempre
ressaltando a importância da tolerância religiosa.
― Deus, o Brasil tem jeito?
― Não enquanto houver estruturas injustas. Não importa quem venha a
governá-lo. Podem até colocar remendos novos em pano velho, como esses
programas sociais compensatórios. Aliviam, mas não emancipam. Coço minha longa
barba e pergunto: como, após 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores,
ainda há tantos sem-terra e sem-teto?
― E das pedaladas da Dilma, o que acha o Senhor?
― Ela faz muito bem de dar suas pedaladas matinais. Bicicleta não
polui nem congestiona o trânsito. Quem atrapalha a República são aqueles que
catam mosquitos no olho alheio e vivem engolindo camelos.
― Uma curiosidade, Senhor, já que És um ser onisciente: o Lula
voltará à Presidência?
― O maior eleitor dele se chama Michel Temer.
― O que vai dar no Senado?
― Esse futuro, felizmente, a Mim não pertence! Respeito a liberdade
de voto dos senadores. E que tenham presente que estarão votando também na
moldura que haverá de enquadrar suas biografias nas páginas da história do
Brasil.
― Deus é brasileiro?
― Também, e vota na justiça como fonte de paz.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
URGENTE! SENADORES PEDEM QUE RENAN SUSPENDA IMPEACHMENT
Documento subscrito pelos senadores João Capiberibe (PSB-AP),
Cristovam Buarque (PDT-DF), Lídice da Matta (PSB-BA), Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), Paulo Paim (PT-RS), Walter Pinheiro (sem partido-BA) e Roberto
Requião (PMDB-PR) pedirá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que
suspenda o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, até que a Câmara
aprecie o pedido de autorização para processar o vice-presidente Michel Temer;
grupo argumenta que Dilma e Temer são implicados nos mesmos fatos, não tendo
justificativa para julgar o da presidente e procrastinar o do vice; não
juntá-los é criar um "diferencial e uma suspeita" no procedimento;
tese de que não pode haver dois pesos e duas medidas já foi defendida também
pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.
47 - Um grupo de senadores
independentes, formado por João Capiberibe (PSB-AP), Cristovam Buarque
(PDT-DF), Lídice da Matta (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Paulo Paim
(PT-RS), Walter Pinheiro (sem partido-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR), irá
formalizar um pedido ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para
que suspenda o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Grupo quer que a medida valha até que a Câmara aprecie o pedido de
autorização para processar o vice-presidente Michel Temer. No
questionamento, os senadores argumentam que Dilma e Temer são implicados nos
mesmos fatos, não tendo justificativa para julgar o da presidente e
procrastinar o do vice.
"Requeremos ao senhor presidente do Senado Federal o
recebimento e acatamento a presente questão de ordem, para determinar a
suspensão do julgamento do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff
até que haja pronunciamento da Câmara sobre a admissibilidade de denúncia por
infração de mesma ordem praticada pelo vice-presidente. Ocasião em que se
decidirá pela necessidade de julgamento em conjunto de ambas as
autoridades", diz o documento.
Grupo argumenta que, sem uma manifestação de Renan, é preciso sanar
o "defeito" para não viciar de forma "absoluta e grosseira"
o julgamento de Dilma. Para eles, uma ação dessas justificará o rótulo de golpe
parlamentar. Dizem que não juntá-los é criar um "diferencial e uma
suspeita" no procedimento.
"Não há como negar, o julgamento da presidente está sendo
isolado e maquiavelicamente orquestrado sem igualdade de tratamento em relação
ao vice-presidente", completa o grupo, no pedido de 16 páginas. "São
imprescindíveis o julgamento de ambos (Dilma e Temer) e dar uma decisão
definitiva e com legitimidade para promover as mudanças que o País
precisa", destacou Pinheiro.
CARTA AO EXCELENTÍSSIMO GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SR. ROBINSON FARIA
Deixe-me apresentar-me sou mãe de Karol a universitária
brutalmente assassinada na Av. Itapetinga, Zona Norte de Natal, capital do RN,
no último dia 20 de janeiro, não vou me estender na descrição do caso, pois
tenho certeza que o Sr. certamente ouviu falar. Quero iniciar dizendo que não
sou sua eleitora, pois nunca acreditei que alguém que dividia o palanque e
posteriormente o governo com uma péssima gestora como a Sra. Rosalba, seria
diferente dela, mas confesso, que o Sr. ainda conseguiu me surpreender pra
pior, pois a última governadora ainda dava a cara pra bater e tentava
justificar a sua incompetência administrativa, o Sr. nem isso faz, esconde-se
atrás de secretários que de tanto ver ingerências, pedem pra sair, pra não ter
o seu nome enxovalhado, junto com o desse governo, que é uma vergonha! Eu
também teria.
Quando vejo as notícias de vossas lambanças e incompetências
narradas pela mídia local tenho tristeza de ser Norte Riograndense, um estado
belo e maravilhoso, hoje governado por bandidos, cuja governadoria funciona na
penitenciária, nosso povo está refém de criminosos, nossos hospitais falidos e
sem direção, lembram o Haiti, nossas escolas sucateadas viraram cenários de
arrastões e lugares que lembram de tão abandonadas e deterioradas filmes de
terror, que não atraem jovens e esses por sua vez estão sendo abatidos a sangue
frio, a queima roupa.
Karol Sr. "Faria" antes de ter sua vida ceifada por
esses calhordas, foi assaltada no ônibus e na esquina de casa por sua vezes,
isto prova que não há lugar seguro, e volto atrás, há sim, vossa casa protegida
por seguranças pagos por nós cidadãos comuns, no vosso carro blindado pago por
nós cidadãos comuns, há segurança. O senhor não vai ao hospital público, como
precisei ir essa semana, onde só havia um médico de plantão, pois o pagamento
da cooperativa está atrasado e de onde voltei sem atendimento, não Sr.
"Faria", seu filho por sua vez nunca foi numa escola pública, talvez
por isso tenha tornado-se político, na falta de outra profissão, e diga-se de passagem
péssimo representante, saiu ao pai, pois sua representação política para o RN
só se dar nas capas das revistas sensacionalistas, quando muda de companhia
feminina famosa, ou quando por ventura acontece um impeachment, prato cheio
para políticos oportunistas aparecerem, nesse caso estamos bem
representados.
Enquanto isso Sr. "Faria", nós cidadãos comuns sentimos
medo, dor, insegurança, nossos filhos são assassinados, nossos jovens ficam sem
aula, nossos trabalhadores e pais de família são assaltados, humilhados,
desrespeitados,se morre a míngua nos corredores de hospitais fétidos, isso
quando consegue-se entrar, nossas ruas pertencem a criminalidade, nossa
penitenciárias são feitas de farinha e cola, tamanha sua fragilidade, nossa
população está sendo dizimada por mosquitos e o Sr. onde se escondeu?
Chego a conclusão que seu nome é muito eloqüente o Sr. faria, pois
não faz, não muda, não avança, não se pronuncia, não aparece, é um Governo
fantasma e macabro, que só lembramos que temos, quando sua incompetência nos
atinge de forma brutal. Como aconteceu com minha família que está mortalmente
ferida.
Então Sr. Faria, vim através dessa carta cobrar a conta, quero
como cidadã do estado do Rio Grande do Norte o cumprimento do vosso compromisso
de campanha, quero o restabelecimento da SEGURANÇA PÚBLICA, chega de desculpas
esfarrapadas e onerosas, pare de brincar com nossas vidas, cansamos de ser
cobaias de seusc testes fracassados, assuma sua incapacidade e peça ajuda a
pessoas que sabem como fazer e que vivem a realidade, chega de playboys e
barbies que não nos representam. Chega!!! Quero que saiba que não darei trégua
em minha cobrança, pois ela é honesta e constitucional. Não sou política, nem
filha de oligarquia, mas sou uma mãe gerida e uma mulher de coragem e tenho ao
meu lado uma legião de mães que estão. Comigo em minha luta.
Espero que seja compartilhada e tenha mais sorte que a imprensa
local, que nunca lhe encontra.
Karla
Álvares, mãe De Karol.
LAVA JATO INVESTIGA HENRIQUE ALVES E GEDDEL
Integrantes da força-tarefa investigam aliados do
vice Michel Temer, como os ex-ministros Henrique Alves e Geddel Vieira Lima;
caso eles se tornem ministros em um eventual governo Temer, eles recuperariam o
foro privilegiado e, assim, passariam para a esfera do STF; a PF cumpriu uma
busca e apreensão no apartamento de Alves em dezembro de 2015; a operação
investiga uma suposta atuação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB)
a favor das empreiteiras, em busca de doações; quanto a Geddel, fez sucessivos
lobbies para a OAS e pediu recursos para aliados na Bahia.
247 - Integrantes da
força-tarefa investigam aliados do vice Michel Temer, como os ex-ministros
Henrique Alves e Geddel Vieira Lima. Caso eles se tornem ministros em um
eventual governo Temer, eles recuperariam o foro privilegiado e, assim,
passariam para a esfera do STF.
O caso mais avançado seria o de Alves. Em dezembro do ano passado,
a PF cumpriu uma busca e apreensão em seu apartamento. A operação investiga uma
suposta atuação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) a favor das
empreiteiras, em busca de doações. Quanto a Geddel, fez sucessivos lobbies para
a OAS e pediu recursos para aliados na Bahia.
Os senadores Romero Juca é Valdir Raupp também são investigados em
inquéritos no STF, que apuram formação de quadrilha. Além deles, Cunha é réu na
Corte por corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de se beneficiar de
propina.
PT da Região Potengi faz avaliação de Conjuntura e define ações para 2016
Em Reunião realizada neste sábado dia 23 na cidade São Paulo do Potengi, os representantes dos diretórios municipais do PT da Região, fizeram um debate sobre a conjuntura política do momento e definiram as ações que servirão como base para que os diretórios municipais possam está realizando suas alianças nos planos municipais.
O evento contou com a participação de representantes dos diretórios municipais da da região, pre-candidatos, e também estiveram presente o Deputado Estadual Fernando Mineiro e o presidente do diretório estadual do PT Eraldo Paiva. http://vereadorjoaocabralpt.blogspot.com.br
Atenção 4 de maio é o último prazo para tirar título eleitoral.
O dia 4 de maio é a data limite para o
eleitor requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio. Também é o
último dia para o cidadão que mudou de residência dentro do município pedir
alteração no seu título eleitoral e para o eleitor com deficiência ou
mobilidade reduzida solicitar sua transferência para seção eleitoral especial
(Lei nº 9.504/1997).
Portanto, os cidadãos adultos, e os
jovens de 16 e 17 anos que pretendam votar nas eleições municipais de 2016 não
devem deixar para a última hora para tirar seu título no cartório eleitoral ou
solicitar transferência de município, em caso de mudança de localidade. Quem
antecipar a ida ao cartório eleitoral poderá evitar as filas nos dias que
antecedem o fechamento do cadastro de eleitores para o pleito deste ano. Esta
também é a data final para o eleitor que mudou de residência dentro do mesmo
município pedir a alteração de endereço no seu título eleitoral. O prazo vale,
ainda, para que o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida solicite sua
transferência para uma seção eleitoral especial, a fim de que possa exercer o
direito ao voto com mais tranqüilidade e sem obstáculos de ordem urbana.
O alistamento eleitoral e o voto são
obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos para os analfabetos, os
maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos, conforme o artigo
14 da Constituição Federal. Pode se inscrever para votar o jovem que completar
16 anos até o dia da eleição, em 2 de outubro.
Documentos
Quem for tirar o título de eleitor pela
primeira vez deve comparecer ao cartório eleitoral com documento de
identificação com foto, comprovante de residência recente e comprovante de
quitação militar para os homens. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o
novo modelo de passaporte não são aceitos para efeito de inscrição eleitoral.
No caso de
transferência, o cidadão deve levar o título de eleitor, comprovantes de
votação ou de justificativa feita em eleições anteriores, documento de
identificação e comprovante de residência recente.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
RECADO PARA OPOSIÇÃO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE.
Prefeito Jaime Calado deve fazer seu
sucessor em 2016 até 2020, só não faz se for impedido pela justiça, em caso de
doença ou por vontade própria, mas pela disputa política não há adversário que
possa impedir Jaime Eleger Paulo Emídio pelo simples fato a oposição vai
rachada para eleições 2016, já encena uma desunião fazendo com que a
possibilidade dos grupos opositores chegarem ao denominador comum torna-se
impossível.
Minha leitura, é que mesmo com todo
desgaste politicamente por fazer uma administração impregnada de acusações de
péssimo gestor na edificação de obras como é o caso das várias obras federais
paradas aqui em São Gonçalo do Amarante, falta de medicamentos e assistência
medica nas unidades hospitalares, Greve na Educação, asfalto de péssima qualidade
na entrada e saída da cidade e promessas vazias, poderiam ser os pontos
negativos para o candidato do Prefeito Jaime não se eleger. Mas nada disso soma
ao contrario para perder a eleições de 2016 devido os adversários serem os
maiores cabos eleitorais por não se unirem.
Quem viveu, sabe como anais da história
política de São Gonçalo do Amarante, é só não ir muito longe e lembrar o que os
vereadores fizeram com Jarbas Cavalcanti na véspera da campanha para prefeito,
onde foi derrotado por Jaime Calado.
É o retrato falado que todas as vezes
que a oposição ficou separada perdeu as eleições por uma diferença pequena de
votos.
Unida também já provou que vence,
exemplo quando toda oposição se uniu e ganhou a prefeitura, com Jarbas
Derrotando Jaime, mas por outro lado acontece que a oposição já estive unida,
hoje não mais, devido o vago de várias candidaturas, laranja e sem respaldo da
população de São Gonçalo do Amarante. Para as eleições de 2016, todos os
rumores indicam que a oposição vai, composta por vários grupos que estarão
separadas outra vez por puro egoísmo.
O fortalecimento de Jaime para as
eleições de 2016 foi iniciada em 2014 com a eleição da deputada Federal Zenaide
Maia, tem ela que o apoia, pode ter um governador e até senadores em prol da
campanha de seu candidato, Paulo Emídio.
Cada grupo deve indicar o seu candidato
e seu fracasso, caso não entrem em acordo por um só nome. Mas faço um alerta
aos que grandes cientistas políticos de “Songa”. Com a separação o resultado é
negativo para o município que hoje não tem representante dessa terra na cadeira
do EXECUTIVO.
Outro ponto expressivo que compravam que
a oposição de São Gonçalo não ficará unida para as eleições de 2016 é
pré-candidaturas anunciadas diariamente, pelos blogs e vereadores de nossa
cidade. Deixando claro que cada candidato pensa nele mesmo e esquece o obvio,
apresentar um candidato de nossa terra para administrar e trabalhar por nossa
cidade, nosso povo. O político que só olha para seu umbigo, não é digno de ter
mandato.
Se houver uma união, dos vereadores
Geraldo Verissimo (PCdoB), Nonato Queiroz (PROS), Eraldo (PT), e a professora
Maria Teresa (PSD) que despenca com grande vantagem nas pesquisas, a oposição
tem grandes chances de derrotar o candidato de Jaime. Se não eu adianto que vai
acontecer, “Oposição de São Gonçalo Dividida, Prefeitura em 2016, nem pensar”!
Para isso acontecer, basta que se sentem
na mesma mesa para chegarem ao um denominador comum sem aceitarem que políticos
sem votos interfiram em suas decisões.
Falo aqui nesse daquele Políticos que às
vezes ao invés de unirem membros da oposição fazem de um tudo para separá-lo,
com a finalidade de extrair bem-estar pessoais e financeiros. Esse tipo de
político não merece ser nem ouvido. São esses tipos de políticos que devem ser
excomungados da política de “Songa”.
Diante desse contexto que confirma a
separação da oposição nas eleições de 2016, onde cada grupo deve apresentar um
candidato à prefeitura. Analiso que no resumo dessa divergência da oposição que
já se arrasta por muito tempo e toda vez que esteve separada perdeu a eleição.
Jaime pode ficar deitado, fazer uma campanha somente através de telão de Led.
Atualmente a oposição de “Songa” está rachada em três partes sendo que a parte
do meio foi jogada fora para que nunca fossem encontradas e tornar impossível a
união.
É PUBLICO E NOTÓRIO
A oposição unida é um prato indigesto
para qualquer adversário. Diante dessa realidade o prefeito Jaime para se
manter no poder vai planejar a candidatura de qualquer menino de recado para se
beneficiar com a vantagem na divisão de votos. Essa é minha leitura no quadro
que vejo hoje aqui em nossa cidade e pelos últimos acontecimentos a nível local
e nacional. Agora se nas eleições de 2016 alguém vai ser usado como laranja,
eu não sei, vamos esperar para ver!
RECADO PARA OPOSIÇÂO: Oposição
ainda tem jeito? Tem sim senhor.
Para oposição reverter o quadro
político, precisa primeiro, acabar a divergência política e unir se em torno de
um só nome.
E um dos consensos deve ser imposto por
pesquisas de opinião pública que vai determinar quem será o candidato da
oposição. Segundo é abolir políticos que se intitulam articuladores, mas
no fritar dos ovos. PERDEM TODAS.
Na verdade, a oposição de “Songa” tem
que rever os conceitos de ser oposição lendo os grandes mestres da política,
além de acabar com a picuinhas que só levam para derrota nas urnas. Porque uma
coisa eu afirmo amigos (as). Ser oposição da própria oposição é assinar
atestado de pessoa má informada e dá asas para os inimigos.
Com dizem por aí os cientistas políticos
de Songa, “A oposição de São Gonçalo são farinha do mesmo saco, mas que na
parte interna é dividida”.
A oposição pode sim chegar a prefeitura
em 2016, 2020, ou seja, em qualquer ano, basta todos se unirem com o único
objetivo, não importa quem seja o candidato. Aquele que a população escolher em
pesquisas realizadas no município, é o candidato natural, porque o povo está
dizendo em quem vai votar.
Oposição, unidade, com o apoio de todos
leva a prefeitura nessas eleições, casa saia em três. Vai dar Jaime de novo.
Por
Imperial Songa, São Gonçalo do Amarante 13 de abril de 2016.
Mauro Santayana prova, com dados do FMI e Banco Mundial, que o Brasil cresceu 400% em dólares durante os governos de Lula e Dilma.
O Brasil cresceu extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral- MauroSantayana
(Do Blog) - Para amanhã, dia 13 de dezembro, estão programadas novas manifestações pelo impeachment da Presidente da República, por parte de pessoas que acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.
Se esses brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o FMI - Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que se o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Banco Mundial, (worldbank1) o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois.
Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país.
Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial - (worldbank2) - caiu de 3.426 dólares, em 1994, no início do governo, para 2.810 dólares, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder.
O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de 250 dólares, agora.
As reservas monetárias internacionais - o dinheiro que o país possui em moeda forte - que eram de 31,746 bilhões de dólares, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para 37.832 bilhões de dólares - (worldbank3) nos oito anos do governo FHC.
Nessa época, elas eram de fato, negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI.
Depois, elas se multiplicaram para 358,816 bilhões de dólares em 2013, e para 370,803 bilhões de dólares, em dados de ontem (Bacen), transformando o Brasil de devedor em credor do FMI, depois do pagamento total da dívida com essa instituição em 2005, e de emprestarmos dinheiro para o Fundo Monetário Internacional, quando do pacote de ajuda à Grécia em 2008.
E, também, no terceiro maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano -(usa treasury).
O IED - Investimento Estrangeiro Direto, que foi de 16,590 bilhões de dólares, em 2002, no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para 80,842 bilhões de dólares, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial: (worldbank4), passando de aproximadamente 175 bilhões de dólares nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para 440 bilhões de dólares entre 2002 e 2014.
A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder (aqui).
Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 - segundo Ipeadata e o Banco Central.
E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha - cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” - ou o Canadá (economichelp).
Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois (worldbank5), e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20 (quandl).
Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, no início do ano, acreditem mais nos boatos das redes sociais - reforçados por um verdadeiro estelionato midiático - do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.
Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola - ou da "cachola" - o absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país econômica e financeiramente bem sucedido.
Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que saíram às no dia dezesseis: a de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa - supostamente maravilhosa - “herança” de Fernando Henrique Cardoso.
O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.
Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, e que é constantemente alimentada e realimentada por medidas de caráter jurídico que afetam a credibilidade e a estabilidade de empresas e por uma intensa campanha antinacional, que fazem com que estejamos crescendo pouco, neste ano, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos ainda do que nós.
Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram vários erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos, como desonerações desnecessárias e um tremendo incentivo ao consumo que prejudicou - entre outras razões, também pelo aumento da importação de supérfluos e de viagens ao exterior - a balança comercial.
Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país que em 2002, era a décima-quarta maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.
Muitos brasileiros também saem às ruas por acreditar - assim como fazem com relação à afirmação de que o PT quebrou o país - que o governo Dilma é comunista e que ele quer implantar uma ditadura esquerdista no Brasil.
Quais são os pressupostos e características de um país democrático, ao menos do ponto de vista de quem "acredita" e defende o capitalismo?
a) a liberdade de expressão - o que não é verdade para a maioria dos países ocidentais - dominados por grandes grupos de mídia pertencentes a meia dúzia de famílias, mas que, do ponto de vista formal, existe plenamente por aqui;
b) a liberdade de empreender, ou de livre iniciativa, por meio da qual um indivíduo qualquer pode abrir ou encerrar uma empresa de qualquer tipo, quando quiser;
c) a liberdade de investimento, inclusive para capitais estrangeiros;
d) um sistema financeiro particular independente e forte;
e) apoio do governo à atividade comercial e produtiva;
f) a independência dos poderes;
g) um sistema que permita a participação da população no processo político, na expressão da vontade da maioria, por meio de eleições livres e periódicas, para a escolha, a intervalos regulares e definidos, de representantes para o Executivo e o Legislativo, nos municípios, Estados e União.
Todas essas premissas e direitos estão presentes e vigentes no Brasil.
Não é o fato de ter como símbolo uma estrela solitária ou vestir uma roupa vermelha - hábito que deveria ter sido abandonado pelo PT há muito tempo, justamente para não justificar o discurso adversário de que o PT não é um partido "brasileiro" ou "patriótico" - que transformam alguém em comunista - e aí estão botafoguenses e colorados que não me deixam mentir, assim como o Papai Noel, que se saísse inadvertidamente às ruas, no dia 16, provavelmente teria sido espancado, depois de ter o conteúdo de seu saco de brinquedos revistado e provavelmente “apreendido” à procura de dinheiro de corrupção.
Da mesma forma que usar uma bandeira do Brasil não transforma, automaticamente, ninguém em patriota, como mostrou a foto do Rocco Ritchie, o filho da Madonna, no Instagram, há alguns meses, e os pavilhões nacionais pendurados na entrada do prédio da Bolsa de Nova Iorque, quando da venda de ações de empresas estratégicas brasileiras, na época da privatização.
Qualquer pessoa de bom senso prefere um brasileiro vestido de vermelho - mesmo que seja flamenguista ou são-paulino, que não são, por acaso, times do meu coração - do que um que vai para a rua, vestido de verde e amarelo, para defender a privatização e a entrega, para os EUA, de empresas como a Petrobras.
O PT é um partido tão comunista, que o lucro dos bancos, que foi de aproximadamente 40 bilhões de dólares no governo Fernando Henrique Cardoso, aumentou para 280 bilhões de dólares nos oito anos do governo Lula.
É claro que isso ocorreu também por causa do crescimento da economia, que foi de mais de 400% nos últimos 12 anos, mas só o fato de não aumentar a taxação sobre os ganhos dos mais ricos e dos bancos - que, aliás, teria pouquíssima chance de passar no Congresso Nacional - já mostra como é exagerado o medo que alguns sentem do “marxismo” do Partido dos Trabalhadores.
O PT é um partido tão comunista, que grandes bancos privados deram mais dinheiro para a campanha de Dilma e do PT do que para os seus adversários nas eleições de 2014.
Será que os maiores bancos do país teriam feito isso, se dessem ouvidos aos radicais que povoam a internet, que juram, de pés juntos, que Dilma era assaltante de banco na década de 1970, ou se desconfiassem que ela é uma perigosa terrorista, que está em vias de dar um golpe comunista no Brasil ?
O PT é um partido tão comunista que nenhum governo apoiou, como ele, o capitalismo e a livre iniciativa em nosso país.
Foi o governo do PT que criou o Construcard, que já emprestou mais de 20 bilhões de reais em financiamento, para compra de material de construção, beneficiando milhares de famílias e trabalhadores como pedreiros, pintores, construtores; que criou o Cartão BNDES, que atende, com juros subsidiados, milhares de pequenas e médias empresas e quase um milhão de empreendedores; que aumentou, por mais de quatro, a disponibilidade de financiamento para crédito imobiliário - no governo FHC foram financiados 1,5 milhão de unidades, nos do PT mais de 7 milhões - e o crédito para o agronegócio (no último Plano Safra de Fernando Henrique, em 2002, foram aplicados 21 bilhões de reais, em 2014/2015, 180 bilhões de reais, 700% a mais) e a agricultura familiar (só o governo Dilma financiou mais de 50 bilhões de reais contra 12 bilhões dos oito anos de FHC).
Aumentando a relação crédito-PIB, que era de 23%, em dezembro de 2002, para 55%, em dezembro de 2014, gerando renda e empregos e fazendo o dinheiro circular.
As pessoas reclamam, na internet, porque o governo federal financiou, por meio do BNDES, empresas brasileiras como a Braskem, a Vale e a JBS.
Mas, estranhamente, não fazem a mesma coisa para protestar pelo fato do governo do PT, altamente “comunista”, ter emprestado - equivocadamente a nosso ver - bilhões de reais para multinacionais estrangeiras, como a Fiat e a Telefónica (Vivo), ao mesmo tempo em que centenas de milhões de euros, seguem para a Europa, como andorinhas, todos os anos, em remessa de lucro, para nunca mais voltar.
A QUESTÃO MILITAR
Outro mito sobre o suposto comunismo do PT, é que Dilma e Lula, por revanchismo, sejam contra as Forças Armadas, quando suas administrações, à frente do país, começaram e estão tocando o maior programa militar e de defesa da história brasileira.
Lula nunca pegou em armas contra a ditadura. No início de sua carreira como líder de sindicato, tinha medo “desse negócio de comunismo” - como já declarou uma vez - surgiu e subiu como uma liderança focada na defesa de empregos, aumentos salariais e melhoria das condições de classe de seus companheiros de trabalho, operários da indústria automobilística de São Paulo, e há quem diga que teria sido indiretamente fortalecido pelo próprio regime militar para impedir o crescimento político dos comunistas em São Paulo.
Dilma, sim, foi militante de esquerda na juventude, embora nunca tenha pego em armas, a ponto de não ter sido acusada disso sequer pela Justiça Militar.
Mas se, por esta razão, ela é comunista, seria possível acusar desse mesmo “crime” também José Serra, Aloísio Nunes Ferreira, e muitos outros que antes eram contra a ditadura e estão, hoje, contra o PT.
Se o PT tivesse alguma coisa contra a Marinha, ele teria financiado, por meio do PROSUB, a construção do estaleiro e da Base de Submarinos de Itaguaí, e investido 7 bilhões de dólares no desenvolvimento conjunto com a França, de vários submersíveis convencionais e do primeiro submarino nuclear brasileiro, cujo projeto se encontra hoje ameaçado, porque suas duas figuras-chave, o Presidente do Grupo Odebrecht e o Vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva, personalidades públicas, com endereço conhecido, estão desnecessária e arbitrariamente detidos, no âmbito da "Operação Lava-Jato"?
Teria, da mesma forma, o governo do PT, comprado novas fragatas na Inglaterra, voltado a fabricar navios patrulha em nossos estaleiros - até para exportação para países africanos - investido na remotorização totalmente nacional de mísseis tipo Exocet, na modernização do navio aeródromo (porta-aviões) São Paulo, na compra de um novo navio científico oceanográfico na China, na participação e no comando por marinheiros brasileiros das Forças de Paz da ONU no Líbano ?
Se fosse comunista, o governo do PT estaria, para a Aeronáutica, investindo bilhões de dólares no desenvolvimento conjunto com a Suécia, de mais de 30 novos caças-bombardeio Gripen NG-BR, que serão fabricados dentro do país, com a participação de empresas brasileiras e da SAAB, com licença de exportação para outras nações, depois de uma novela de mais de duas décadas sem avanço nem solução, que começou no governo FHC ?
Se fosse comunista - e contra as forças armadas - teria o governo do PT encomendado à Aeronáutica e à Embraer, com investimento de um bilhão de reais do governo federal, o projeto do novo avião cargueiro militar multipropósito KC-390, desenvolvido com a cooperação da Argentina, do Chile, de Portugal e da República Tcheca, capaz de carregar até blindados, que já começou a voar neste ano - a maior aeronave já fabricada no Brasil ?
Teria comprado, para os Grupos de Artilharia Aérea de Auto-defesa da FAB, novas baterias de mísseis IGLA-S; ou feito um acordo com a África do Sul, para o desenvolvimento conjunto - em um projeto que também participa a Odebrecht - com a DENEL Sul-africana, do novo míssil ar-ar A-Darter, que será usado pelos nossos novos caças Gripen NG BR?
Se fosse um governo comunista, o governo do PT teria financiado o desenvolvimento, para o Exército, do novo Sistema Astros 2020, e recuperado financeiramente a AVIBRAS ?
Se fosse um governo comunista, que odiasse o Exército, o governo do PT teria financiado e encomendado a engenheiros dessa força, o desenvolvimento e a fabricação, com uma empresa privada, de 2.050 blindados da nova família de tanques Guarani, que estão sendo construídos na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais?
Ou o desenvolvimento e a fabricação da nova família de radares SABER, e, pelo IME e a IMBEL, para as três armas, da nova família de Fuzis de Assalto IA-2, com capacidade para disparar 600 tiros por minuto, a primeira totalmente projetada no Brasil ?
Ou encomendado e investido na compra de helicópteros russos e na nacionalização de novos helicópteros de guerra da Helibras e mantido nossas tropas - em benefício da experiência e do prestígio de nossas forças armadas - no Haiti e no Líbano?
Em 2012, o novo Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, então Comandante Militar da Amazônia, respondeu da seguinte forma a uma pergunta, em entrevista à Folha de São Paulo:
Lucas Reis:
“Em 2005, o então Comandante do Exército, general Albuquerque, disse “o homem tem direito a tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo (no Exército). A realidade atual mudou?
General Eduardo Villas Bôas:
“Mudou muito. O problema é que o passivo do Exército era muito grande, foram décadas de carência. Desde 2005, estamos recebendo muito material, e agora é que estamos chegando a um nível de normalidade e começamos a ter visibilidade. Não discutimos mais se vai faltar comida, combustível, não temos mais essas preocupações.”
Deve ter sido, também, por isso, que o General Villas Bôas, já desmentiu, como Comandante do Exército, neste ano, qualquer possibilidade de "intervenção militar" no país, como se pode ver aqui (O recado das armas).
A QUESTÃO EXTERNA
A outra razão que contribui para que o governo do PT seja tachado de comunista, e muita gente esteja saindo às ruas, é a política externa, e a lenda do “bolivarianismo” que teria adotado em suas relações com o continente sul-americano.
Não é possível, em pleno século XXI, que os brasileiros não percebam que, em matéria de política externa e economia, ou o Brasil se alia estrategicamente com os BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), potências ascendentes como ele; e estende sua influência sobre suas áreas naturais de projeção, a África e a América Latina - incluídos países como Cuba e Venezuela - porque não temos como ficar escolhendo por simpatia ou tipo de regime - ou só nos restará nos inserir, de forma subalterna, no projeto de dominação europeu e anglo-americano?
Ou nos transformarmos, como o México, em uma nação de escravos, como se pode ver aqui (O México e a América do Sul) que monta peças alheias, para mercados alheios, pelo módico preço de 12 reais por dia o salário mínimo ?
Jogando, assim, no lixo, nossa condição de quinto maior país do mundo em território e população e sétima maior economia, e nos transformando, definitivamente, em mais uma colônia-capacho dos norte-americanos?
Ou alguém acha que os Estados Unidos e a União Europeia vão abrir, graciosamente, seus territórios e áreas sob seu controle, à nossa influência, política e econômica, quando eles já competem, descaradamente, conosco, nos países que estão em nossas fronteiras?
Do ponto de vista dessa direita maluca, que acusa o governo Dilma de financiar, para uma empresa brasileira, a compra de máquinas, insumos e serviços no Brasil, para fazer um porto em Cuba - a mesma empresa brasileira está fazendo o novo aeroporto de Miami, mas ninguém toca no assunto, como se pode ver aqui (A Odebrecht e o BNDES)- muito mais grave, então, deve ter sido a decisão tomada pelo Regime Militar no Governo do General Ernesto Geisel.
Naquele momento, em 1975, no bojo da política de aproximação com a África inaugurada no Governo Médici, pelo embaixador Mario Gibson Barbosa, o Brasil dos generais foi a primeira nação do mundo a reconhecer a independência de Angola.
Isso, quando estava no poder a guerrilha esquerdista do MPLA - Movimento Popular para a Libertação de Angola, comandado por Agostinho Neto, e já havia no país observadores militares cubanos, que, com uma tropa de 25.000 homens, lutariam e expulsariam, mais tarde, no final da década de 1980, o exército racista sul-africano, militarmente apoiado por mercenários norte-americanos, do território angolano depois da vitoriosa batalha de Cuito-Cuanavale.
Ao negar-se a meter-se em assuntos de outros países, como Cuba e Venezuela, em áreas como a dos “direitos humanos”, Dilma não faz mais do fez o Regime Militar brasileiro, com uma política externa pautada primeiro, pelo “interesse nacional”, ou do “Brasil Potência”, que estava voltada, como a do governo do PT, prioritariamente para a América do Sul, a África e a aproximação com os países árabes, que foi fundamental - com a ajuda de nossas grandes empresas de engenharia e exportação de serviços - para que vencêssemos a crise do petróleo.
Também naquela época, o Brasil recusou-se a assinar qualquer tipo de Tratado de Não Proliferação Nuclear, preservando nosso direito a desenvolver armamento atômico, possibilidade essa que nos foi retirada definitivamente, com a assinatura de um acordo desse tipo no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Se houvesse, hoje, um Golpe Militar no Brasil, a primeira consequência seria um boicote econômico por parte do BRICS e de toda a América Latina, reunida na UNASUL e na CELAC, com a perda da China, nosso maior parceiro comercial, da Rússia, que é um importantíssimo mercado para o agronegócio brasileiro, da Índia, que nos compra até mesmo aviões radares da Embraer, e da Àfrica do Sul, com quem estamos também intimamente ligados na área de defesa.
O mesmo ocorreria com relação à Europa e aos EUA, de quem receberíamos apenas apoio extra-oficial, e isso se houvesse um radical do partido republicano na Casa Branca.
Os neo-anticomunistas brasileiros reclamam todos os dias de Cuba, um país com quem os EUA acabam de reatar relações diplomáticas, visitado por três milhões de turistas ocidentais todos os anos, em que qualquer visitante entra livremente e no qual opositores como Yoani Sanchez atacam, também, livremente, o governo, ganhando dinheiro com isso, sem ser incomodados.
Mas não deixam de comprar, hipocritamente, celulares e gadgets fabricados em Shenzen ou em Xangai, por empresas que contam, entre seus acionistas, com o próprio Partido Comunista.
Serão os "comunistas" chineses - para a neo-extrema-direita nacional - melhores que os "comunistas" cubanos ?
A QUESTÃO POLÍTICA
A atividade política, no Brasil, sempre funcionou na base do “jeitinho” e da “negociação”.
Mesmo quando interrompido o processo democrático, com a instalação de ditaduras - o que ocorreu algumas vezes em nossa história - a política sempre foi feita por meio da troca de favores entre membros dos Três Poderes, e, principalmente, de membros do Executivo e do Legislativo, já que, sem aprovação - mesmo que aparente - do Congresso, ninguém consegue administrar este país nem mudar a lei a seu favor, como foi feito com a aprovação da reeleição para prefeitos, governadores e Presidentes da República, obtida pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Toda estrutura coletiva, seja ela uma jaula de zoológico, ou o Parlamento da Grã Bretanha, funciona na base da negociação.
Fora disso, só existe o recurso à violência, ou à bala, que coloca qualquer machão, por mais alto, feio e forte seja, na mesma posição de vulnerabilidade de qualquer outro ser humano.
O “toma-lá-dá-cá” nos acompanha há milhares de anos e qualquer um pode perceber isto, se parar para observar um grupo de primatas.
Ai daquele, entre os macacos, que se recusa a catar carrapatos nas costas alheias, a dividir o alimento, ou a participar das tarefas de caça, coleta ou vigilância.
Em seu longo e sábio aprendizado com a natureza, já entenderam eles, uma lição que parece que há muito esquecemos: a de que a sobrevivência do grupo depende do comportamento de cada um e da colaboração e de todos.
O problema ocorre quando nesse jogo, a cooperação e a solidariedade, são substituídas pelo egoísmo e o interesse de um indivíduo ou de um determinado grupo, e a negociação, dentro das regras usuais, é trocada por pura pilantragem ou o mero uso da ameaça e da pressão.
O corrupto, entre os primatas, é aquele que quer receber mais cafuné do que faz nos outros, o que rouba e esconde comida, quem, ao ver alguma coisa no solo da floresta ou da savana, olha para um lado e para o outro, e ao ter certeza de que não está sendo observado, engole, quase engasgando, o que foi encontrado.
O fascista é aquele que faz a mesma coisa, mas que se apropria do que pertence aos outros, pela imposição extremada do medo e da violência mais desatinada e injusta.
Se não há futuro para os egoístas nos grupos de primatas, também não o há para os fascistas.
Uns e outros terminam sendo derrotados e expulsos, de bandos de chimpanzés, babuínos e gorilas, ou da sociedade humana, a dos "macacos nus", quando contra eles se une a maioria.
Já que a negociação é inerente à natureza humana, e que ela é sempre melhor do que a força, o que é preciso fazer para diminuir a corrupção, que não acabará nem com golpe nem por decreto ?
Mudar o que for possível, para que, no processo de negociação, haja maior transparência, menos espaço para corruptos e corruptores, e um pouco mais de interesse pelo bem comum do que pelo de grupos e corporações, como ocorre hoje no Congresso.
O caminho para isso não é o impeachment, nem golpe, mas uma Reforma Política, que mude as coisas de fato e o faça permanentemente, e não apenas até as próximas eleições, quando, certamente, partidos e candidatos procurarão empresas para financiar suas campanhas, se elas estiverem, ainda, dispostas a financiá-los, como se pode ver aqui (A memória, os elefantes e o financiamento empresarial de campanha) - e espertalhões da índole de um Paulo Roberto Costa, de um Pedro Barusco, de um Alberto Youssef, voltarão a meter a mão em fortunas, não para fazer “política” mas em benefício próprio, e as mandarão para bancos como o HSBC e paraísos fiscais como os citados no livro "A Privataria Tucana".
O que é preciso saber, é se essa Reforma Política será efetivamente feita, já que é fundamental e inadiável, ou se a Nação continuará suspensa, com toda a sua atenção atrelada a um processo criminal, que tem beneficiado principalmente bandidos identificados até agora, que, em sua maioria, devido a "delações" que não se sustentam, na maioria dos casos, e em mais provas que a sua palavra, sairão dessa impunes, para gastar o dinheiro que quase certamente, colocaram fora do alcance da lei, da compra de bens e de contas bancárias.
Pessoas falam e agem, e saem às ruas, também por causa disso, como se o Brasil tivesse sido descoberto ontem e o caso de corrupção da Petrobras, não fosse mais um de uma longa série de escândalos, a maioria deles sequer investigados antes de 2002.
Se a intenção é passar o país a limpo e punir de forma exemplar toda essa bandalheira, era preciso obedecer à fila e à ordem de chegada, e ao menos reabrir, mesmo que fosse simultaneamente, mas com a mesma atenção e "empenho", casos como o do Banestado - que envolveu cerca de 60 bilhões - do Mensalão Mineiro, o do Trensalão de São Paulo, para que estes, que nunca mereceram o mesmo tratamento da nossa justiça nem da sociedade, fossem investigados e punidos, em nome da verdade e da isonomia, na grande faxina "moral" que se pretende estar fazendo agora.
Ora, em um país livre e democrático - no qual, estranhamente, o governo está sendo acusado de promover uma ditadura - qualquer um tem o direito de ir às ruas para protestar contra o que quiser, mesmo que o esteja fazendo por falta de informação, por estar sendo descaradamente enganado e manipulado, ou por pensar e agir mais com o ódio e com o fígado do que com a cabeça e a razão.
Esse tipo de circunstância facilita, infelizmente, a possibilidade de ocorrência dos mais variados - e perigosos - incidentes, e o seu aproveitamento por quem gostaria, dentro e fora do país, de ver o circo pegar fogo.
Para os que estão indo às ruas por achar que vivem sob uma ditadura comunista, é sempre bom lembrar que em nome do anticomunismo, se instalaram - de Hitler a Pinochet - alguns dos mais terríveis e brutais regimes da História.
E que nos discursos e livros do líder nazista podem ser encontradas, sobre o comunismo as mesmas teses, e as mesmas acusações falsas e esfarrapadas que se encontram hoje disseminadas na internet brasileira, e que seus seguidores também pregavam matar a pau políticos, judeus, socialistas e comunistas, como fazem muitos fascistas hoje na internet, com relação aos petistas.
A questão não é a de defender ou não o comunismo - que, aliás, como "bicho-papão" institucional, só sobrevive, hoje, em estado "puro", na Coréia do Norte - mas evitar que, em nome da crescente e absurda paranoia anticomunista, se destrua, em nosso país, a democracia.
Esperemos que as manifestações não sejam utilizadas. nem agora, nem mais tarde, por inimigos internos e externos, por meio de algum "incidente" provocado, para antagonizar e dividir ainda mais os brasileiros, e nem tragam como consequência, no limite, a morte de ninguém, além da Verdade - que já se transformou, há muito tempo, na sua primeira e mais emblemática vítima.
Há muitos anos, deixamos de nos filiar a organizações políticas, até por termos consciência de que não há melhor partido que o da Pátria, o da Democracia e o da Liberdade.
O rápido fortalecimento da radicalização direitista no Brasil - apesar dos alertas que tem sido feitos, nos últimos três ou quatro anos, por muitos observadores - só beneficia a um grupo: à própria extrema direita, cada vez mais descontrolada, odienta e divorciada da realidade.
Na longa travessia, pelo tempo e pelo mundo, que nos coube fazer nas últimas décadas, entre tudo o que aprendemos nas mais variadas circunstâncias políticas e históricas, aqui e fora do país, está uma lição que reverbera, de Weimar a Auschwitz, profunda como um corte:
Com a extrema-direita não se brinca, não se alivia, não se tergiversa, não se compactua.
Quem não perceber isso - e esse erro - por omissão ou interesse - tem sido cometido tanto por gente do governo quanto da oposição - ou está sendo ingênuo, ou irresponsável, ou mal intencionado
Assinar:
Postagens (Atom)